quarta-feira, setembro 06, 2006

Brasil é 7º pior país da América Latina para negócios, diz Banco Mundial

Brasil é 7º pior país da América Latina para negócios, diz Banco Mundial

Da Redação Em São Paulo - UOL - 06/09/2006 - 11h08

O Brasil é o sétimo pior país da América Latina e Caribe para empresas fazerem negócios. Numa lista de 175 nações do mundo todo com ambiente propício para atuação de companhias privadas, a economia brasileira ficou em 121º lugar.A primeira colocação geral é de Cingapura, e a última, do Congo. A avaliação consta do novo relatório do Banco Mundial e da International Finance Corporation, que cobre o período 2006-2006.Em relação à posição no relatório anterior, o Brasil subiu uma posição (antes estava em 122º).Segundo o estudo, chamado "Fazendo Negócios 2007: Como Reformar", na América Latina e Caribe, o Brasil fica à frente apenas de Suriname (122º), Equador (123º), Bolívia (131º), Guiana (136º), Haiti (139º) e Venezuela (164º). Os mais bem colocados na região são Chile (28º), México (43º) e Uruguai (64º).

O Banco Mundial avalia que fazer negócios tornou-se mais fácil na maioria dos países latino-americanos. Vinte e sete reformas reguladoras —em 13 economias da região— reduziram o tempo, o custo e a burocracia para as empresas cumprirem as exigências legais e administrativas.

Apesar disso, outras regiões estão melhorando mais rapidamente, com a implantação de reformas que ajudam o comércio. No ano passado, a América Latina ficou em terceiro lugar na classificação regional de reformas.No relatório deste ano, a região encontra-se em quinto lugar, à frente do Sul e do Leste da Ásia, mas atrás dos países do Leste Europeu, da OCDE (grupo de 30 países, que inclui potências econômicas e outras nações agregadas), do Oriente Médio e da África do Baixo Saara.As reformas realizadas pelos países simplificaram os regulamentos comerciais, fortaleceram os direitos de propriedade, diminuíram os encargos tributários, aumentaram o acesso ao crédito e reduziram o custo de exportação e importação.As classificações seguem os indicadores de tempo e de custo para atender às exigências do governo para abrir uma empresa, seu funcionamento, comércio, tributação e fechamento.

Não seguem variáveis tais como políticas macroeconômicas, qualidade de infra-estrutura, oscilação da moeda, percepções dos investidores ou índices de criminalidade.As dez melhores economias do mundo para negócios, segundo o relatório, são, pela ordem, Cingapura, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Hong-Kong, Reino Unido, Dinamarca, Austrália, Noruega e Irlanda.O relatório cita as reformas feitas pelos países no período analisado.

O Brasil tem apenas um item registrado: melhorou a eficiência nos tribunais ao limitar recursos sem importância e simplificar a execução de julgamentos.Conforme o documento, o México, o país com o maior número de reformas na região, fortaleceu a proteção dos investidores com uma nova lei de valores mobiliários que aumenta o escrutínio de negociações com uso de informações privilegiadas. Além disso, diminuiu o tempo de abrir uma empresa de 58 dias para 27 e reduziu o imposto de renda de pessoas jurídicas de 33% em 2004 para 30% em 2005 e 29% em 2006.