Confira os melhores insights no evento de Social Media do IAB
21 de março de 2014 · Atualizado às 11h06
O presidente do IAB Brasil, Rafael Davini, abriu o IAB Media Insights falando sobre a importância da ampliação do conhecimento para a qualificação do mercado de internet no Brasil, um dos principais objetivos da entidade. Com bons nomes, grandes empresas e debates pertinentes, o evento conseguiu ser suficientemente interessante e produtivo para gerar os “insights” posteriores. Assuntos atuais e relevantes como branding e storytelling em social media, gestão inteligente de fanpages, estratégias de alcance, métricas, social commerce e social games estiveram na pauta. Confira abaixo o que de melhor aconteceu no evento:
Cases de branding em social media
Representando as agências de propaganda, Luis Constantino, diretor de criação da Havas, Fabiano Coura, VP executivo da R/GA e Rodrigo Nincao, gerente de estratégia digital da Loducca, trouxeram na bagagem alguns trabalhos que deram resultado para os anunciantes. Coura, da R/GA, destacou o quanto a relação e a aproximação do Youtube com a música tem gerado cada vez mais engajamento com o público e defendeu o conteúdo como algo mais importante que o formato. Rodrigo Nincao, da Loducca, abordou bastante a importância da linguagem em sintonia com o target da marca. O case utilizado foi o investimento da marca Toddy no dialogo com os jovens através da famosa vaca e gírias que vivem na boca da galera, entre elas a adaptação criativa “cowzar”. Por último, Luis Constantino, apresentou todo o trabalho de storytelling para introduzir a marca Danio no mercado. O start de toda a conversa com o público foi o filme que apresentou o personagem Jânio Semdanio. (Clique aqui e confira a matéria completa sobre esse painel do IAB Social Media Insights)
Alcance pago ou orgânico? Ou os dois?
No painel mais aguardado do dia, Cadu Aun, diretor comercial do Twitter Brasil e Renato Domingues, gerente de negócios do Facebook, falaram sobre o tão discutido equilíbrio entre o alcance pago e orgânico nas redes sociais. Ambos mostraram cases de campanhas que utilizaram tanto a estratégia orgânica como paga para conseguir atingir os objetivos e mencionaram que a escolha depende muito não apenas da estratégia de marca, mas principalmente da finalidade da campanha para cada momento, lugar e plataforma. Questionado se o Facebook mudou as regras do jogo, já que muitas marcas passaram muito tempo construindo a sua base de fãs e agora estão “ameaçadas” a ter que pagar para conseguir um alcance relevante, Domingues argumentou. “O número de usuários cresceu, o número de postagens também, é evidente que o newsfeed fica mais concorrido, já o nosso algoritmo pré-seleciona apenas os 1500 posts que podem ser mais relevantes para o usuário”, defendeu. Já com relação ao Twitter, o principal questionamento focou a falta de métricas mais avançadas para medir o resultado de alcance das campanhas. “Já estamos trabalhando internamente algumas métricas de alcance orgânico e pago, mas ainda estamos em processo de melhoria da plataforma para atender a essa questão”, disse Cadu. (Clique aqui e confira a matéria completa sobre esse painel do IAB Social Media Insights)
Social Games – Novas estratégias para uma plataforma nova
Marcos Swarowsky, diretor geral Microsoft Advertising e Adriana Knackfuss, gerente sênior de marketing digital da Coca-Cola, mostraram aos palestrantes o imenso potencial de desenvolvimento do social game e as oportunidades para as marcas aproveitarem plataformas como o Xbox, que conecta mais de 48 milhões de pessoas em todo o mundo. Swarowsky ressaltou a importância do Brasil na estratégia global do Xbox, já que é o único País que fabrica o console, além da China. O executivo disse também que o usuário do Xbox permanece conectado 42 horas por mês, em média. Para ele, as possibilidades são infinitas e a grande briga do momento é para ver qual será o device e as marcas que dominarão a sala do consumidor, cada vez mais inteligente e multifacetada. “O Xbox saiu dos quartos dos heavy users de games e foi para as salas da casa do consumidor, disponibilizando entretenimento para toda a família”, comentou. Coube a Adriana Knackfuss, da Coca-Cola, mostrar cases de Fanta e Sprite no Xbox, com direito a produtos para o avatar na rede social, jogos exclusivos, entre outras várias ações.
Tamanho de fanpage não é documento
Silvia Quintanilha, VP de serviços aos clientes da Millward Brown, apresentou uma pesquisa desenvolvida por sua empresa com inúmeras fanpages do País, com o objetivo de mapear o engajamento com o publico. “Tamanho não é documento. É preciso ter engajamento e um target interessante, muito mais do que volume. Qual é o primeiro passo? Objetivos claros e planos consistentes. Pode parecer uma coisa boba e óbvia, mas a pesquisa detectou que muitas empresas ainda não fazem isso direito. A fanpage não pode ser um quadro de post-it. É preciso ter estratégia”, afirmou a executiva. Mas o que faz uma fanpage ter sucesso, além de boas ideias e criatividade? Silvia menciona itens como regularidades de post, notícias confiáveis sobre a marca, informações sobre produtos, facilidade de uso, ofertas, brindes e prêmios. Páginas de empresas como Outback, Dermacyd e Helmann’s foram citadas como bons exemplos.
Natura como case de sucesso em social commerce
“A Natura é uma rede social de 45 anos. Sempre fomos um social commerce off-line”. Com essa frase que parece controversa, Marcio Orlandi, da Natura, abriu a sua palestra. Ele explicou a relação que a marca sempre construiu entre consumidor final e consultoras Natura, sobretudo para a sua própria operação de vendas. O desafio, entretanto, cresceu com o avanço da internet. Como trazer o modelo de negócio venda direta para o século 21? Esse é o caminho que a Natura tem buscado no aplicativo “Aqui tem Natura”, que é uma espécie de buscador de consultoras, além da plataforma "Rede Natura". Esse último é o social commerce da Natura, que traz o perfil e as atividades das consultoras da empresa e permite que os consumidores escolham a melhor opção para comprar de maneira prática, rápida e eficiente.
Linkedin e social media com foco no B2B
Embora tenha aplicado alguns cases internacionais em sua palestra, Tullio Nicastro, consultor em soluções de marketing do Linkedin, precisou gastar parte de sua apresentação para explicar ao público como as marcas podem atuar no Linkedin, onde as pessoas utilizam a plataforma apenas para mostrar, compartilhar e atualizar as suas habilidades, atividades e atributos profissionais, um ambiente diferente de redes sociais mais “descoladas” como Twitter e Facebook. Como um dos trunfos para o anunciante, Tullio destacou que o Linkedin tem, além do perfil sóciodemográfico de seus usuários, informações mais aprofundadas a respeito de experiência e trajetória profissional. Além disso, para ele, o fato de o comportamento dos usuários ser diferente das outras redes sociais não representa nenhum obstáculo preocupante.
Por Renato Rogenski
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