Presidente da EMI brasileira é, enfim, demitido
Marcos Maynard foi oficialmente demitido esta semana de sua função de presidente da filial brasileira da gravadora EMI Music. O executivo deixou o cargo nesta quinta-feira, 16 de novembro. Já esperada pelo mercado fonográfico, a demissão é conseqüência de a matriz inglesa ter descoberto maquiagem de números que inflava os lucros operacionais de seu braço brazuca. A denúncia da fraude foi feita em caráter mundial, em 25 de outubro, pela própria major em comunicado que, na ocasião, fez as ações da empresa despencarem cerca de 3,74% na bolsa de Londres (há quem, como a BBC, tenha afirmado que a queda das ações foi de 8,8%).Pela maquiagem dos números, a EMI brasileira teria inflado seu lucro operacional em cerca de nove milhões de libras - algo em torno de 17,5 milhões de dólares ou 36 milhões de reais. O vice-presidente financeiro da companhia nacional já tinha sido demitido dias antes do comunicado público. Mas é o afastamento de Maynard que devolve a empresa a credibilidade para voltar a anunciar números de vendas - o que seria impossível se não houvesse troca de gestão.
Antes do escândalo, Maynard vinha alardeando suposta liderança da EMI Music no mercado fonográfico nacional, o que irritava a concorrência. Tradicionalmente, a disputa por essa liderança sempre foi travada no Brasil entre a Universal Music e a Sony Music, hoje agregada a BMG sob o nome Sony & BMG.
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