segunda-feira, novembro 20, 2006

Presidente da EMI brasileira é, enfim, demitido

Presidente da EMI brasileira é, enfim, demitido

Marcos Maynard foi oficialmente demitido esta semana de sua função de presidente da filial brasileira da gravadora EMI Music. O executivo deixou o cargo nesta quinta-feira, 16 de novembro. Já esperada pelo mercado fonográfico, a demissão é conseqüência de a matriz inglesa ter descoberto maquiagem de números que inflava os lucros operacionais de seu braço brazuca. A denúncia da fraude foi feita em caráter mundial, em 25 de outubro, pela própria major em comunicado que, na ocasião, fez as ações da empresa despencarem cerca de 3,74% na bolsa de Londres (há quem, como a BBC, tenha afirmado que a queda das ações foi de 8,8%).

Pela maquiagem dos números, a EMI brasileira teria inflado seu lucro operacional em cerca de nove milhões de libras - algo em torno de 17,5 milhões de dólares ou 36 milhões de reais. O vice-presidente financeiro da companhia nacional já tinha sido demitido dias antes do comunicado público. Mas é o afastamento de Maynard que devolve a empresa a credibilidade para voltar a anunciar números de vendas - o que seria impossível se não houvesse troca de gestão.

Antes do escândalo, Maynard vinha alardeando suposta liderança da EMI Music no mercado fonográfico nacional, o que irritava a concorrência. Tradicionalmente, a disputa por essa liderança sempre foi travada no Brasil entre a Universal Music e a Sony Music, hoje agregada a BMG sob o nome Sony & BMG.
 
 

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